Castanholas: Qual é esse ritmo irresistível do flamenco?
Com certeza você já ouviu – aquele som vibrante, um estalo rápido que entra perfeitamente no compasso e acompanha a dança flamenca… Sim, as castanholas! Esses pequenos instrumentos, quando bem tocados, são pura magia! Embora não sejam usadas apenas no flamenco, é nesse estilo que elas realmente brilham. Se você está em Madri e quer entrar no clima do flamenco, entender um pouco sobre as castanholas flamencas vai ser incrível. Vamos ao básico!
De onde vêm esses “palitinhos”?
Nada de moderno aqui! Instrumentos semelhantes existem há milhares de anos em toda a região do Mediterrâneo. Eles chegaram à Espanha séculos atrás e ficaram por aqui, adaptando-se à música de cada região. Com o tempo, subiram aos palcos, e a dança flamenca os adotou para dar mais ritmo e intensidade ao sapateado e ao violão.
Por que o som é tão bom? O segredo está no par (e em como usá-las)
Quem toca bem castanholas usa um par – uma em cada mão – e elas não são iguais!
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A fêmea: Tem o som mais agudo e é usada para os rolinhos (a carretilla). Como identificá-la? Costuma ter uma marca (uma ou duas linhas) na parte superior. Vai na mão direita (para destros), com o cordão passado no polegar e ajustado de forma firme, sem apertar demais.
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O macho: Tem som mais grave e marca o ritmo base. Vai na mão esquerda.
Essa mistura de sons agudos e graves é o que dá vida e personalidade ao toque.
Tocar bem é uma arte: técnica e paciência
Não é só bater madeira, não. Tocar castanholas com qualidade leva anos de prática e exige bastante coordenação. Aqui vão alguns toques básicos:
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TA: Batida seca com o dedo médio da mão esquerda (castanhola macho). Marca o compasso.
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PI: Batida seca semelhante, mas com o dedo médio da mão direita (castanhola fêmea).
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RIÁ: O famoso rolinho (carretilla), feito com toques sucessivos do dedo mínimo, anelar, médio e indicador da mão direita. No começo é difícil, principalmente separar o movimento do mínimo e do anelar – vá com calma, um dedo de cada vez!
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CHIN / PAM: Som que acontece quando as duas castanholas se batem uma contra a outra.
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Uma boa postura (pense nos braços do balé) também ajuda a produzir um som mais limpo. A combinação desses toques – como o conhecido Ta-Riá-Pi-Ta ou o mais elaborado Ta-Riá-Riá-Pi-Ta (perfeito para ritmos em 3/4 como Sevillanas ou Malagueñas) – cria a música.
Nem todas são iguais: tipos de castanholas
Você vai perceber que existem vários tipos de castanholas. O material e o tamanho influenciam muito no som – e no preço também.
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De madeira: As clássicas. Feitas com madeiras duras como granadillo (a queridinha de muitos), ébano ou pau-santo. Produzem um som quente, mas são mais delicadas.
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De fibra / tecido prensado: Muito comuns hoje em dia, especialmente entre profissionais. São resistentes, têm som forte e brilhante – perfeitas para o palco!
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Outros materiais: Existem versões modernas em acrílico e plásticos variados.
Há modelos para iniciantes, intermediários e profissionais. As profissionais geralmente têm dupla caixa de ressonância, que amplifica o som. São essas que os grandes nomes usam.
Quer comprar um par? Dicas rápidas
Se bateu a curiosidade:
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Comece pelo básico: Nada de gastar uma fortuna no início.
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Qual som você busca? Madeira com timbre quente ou fibra com impacto?
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Ajuste correto: O tamanho importa. Elas precisam encaixar bem no polegar.
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Faixa de preço: Vai desde modelos baratos para testar até instrumentos profissionais que são um verdadeiro investimento. Vale a pena comparar.
Em Madri, há lojas de música e outras especializadas em flamenco que podem te orientar bem.
Sinta o ritmo ao vivo
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